“Melhorias estruturais e técnicas que vieram para ficar”

Com o avanço da vacinação e a queda nos casos da Covid-19, dá para parar e fazer uma breve avaliação do que foi essa pandemia para os profissionais da Saúde, em especial junto ao Hospital e Maternidade Oase, de Timbó.
Em entrevista o coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Oase, doutor Ian Robert Rehfeldt, que é médico nefrologista faz uma breve avaliação dos atendimentos aos pacientes com Covid-19, fala sobre os trabalhos desenvolvidos para enfrentamento do vírus com foco nas melhorias tanto estruturais, como de equipamentos e técnicas para ser referência em atendimento a pacientes acometidos pela Covid-19.
O profissional observa que está sendo registrado ao longo do mês de novembro e dezembro uma grande redução de internação de pacientes acometidos pelo vírus, em decorrência da diminuição do número de casos da Covid-19 devido à efetiva vacinação em massa ocorrendo em todo o Brasil. “Estamos trabalhando atualmente com uma taxa de internação muito baixa para pacientes acometidos pela Covid-19 e estamos caminhando para termos um número menor em breve”.
Com relação aos trabalhos que o Hospital Oase desenvolveu para o enfrentamento a Covid-19, o médico relata que: “durante a pandemia foram desenvolvidas estratégias em parceria com a CCIH do Hospital seguindo as diretrizes dos governos Federal e Estadual visando implantar a terapêutica ideal para o tratamento dos pacientes acometidos pelo vírus. Desenvolvemos protocolos específicos de tratamento para pacientes que internam no Hospital Oase. Importante observar que seguimos essas orientações, que são fundamentadas e estabelecidas através de embasamento científico e que tem sido atualizado de acordo com a coleta de dados novos da literatura científica”.
Na questão das melhorias, o profissional destaca que antes da Covid-19 o Hospital tinha somente 10 leitos de UTI, mas para atender a demanda e ser referência em atendimento à pacientes acometidos pela Covid-19 foi ampliado de 10 para 37 leitos. Estes foram equipados com dispositivos necessários, além de profissionais para atendimento em leito de UTI. “Acredito que todas essas melhorias foram um ganho para a comunidade pois além de estrutura física com o aumento no número de leitos de UTI, onde ficaremos com um total de 20 leitos de UTI após cessar a estratégia de atendimento da Covid-19, também teve melhorias com a aquisição de equipamentos. Neste período também ocorreu um aprimoramento técnico da parte de exames laboratoriais no Hospital, onde implementamos novos marcadores de exames necessários para auxiliar no diagnóstico dos pacientes com Covid-19 e complicações secundárias a esta doença, tudo isso foram incrementos que surgiram no decorrer da pandemia”.
O médico afirma que “apesar da pandemia ter um aspecto negativo de instabilizar o mundo, nós que atuamos junto ao Hospital e Maternidade Oase conseguimos nos organizar para oferecer tratamento de qualidade e também conseguimos crescer profissionalmente desenvolvendo aprimoramento técnico para atendimento médico. Certamente herdaremos benefícios pela permanência de algumas medidas adotadas e de materiais que foram adquiridos durante a pandemia”.