“A vida foi um piano. As teclas brancas representaram a felicidade, enquanto as pretas simbolizaram a angústia. Com o passar do tempo, percebemos que as teclas pretas também fizeram música.” Com esta citação do filme/livro A Última Música (2010), a médica especialista em Cuidados Paliativos Pediátricos, Erika dos Santos Vieira, que atuava no Ambulatório Guarda-Chuva de Cuidados Paliativos Pediátricos do Hospital Santo Antônio em Blumenau, abriu o ciclo de palestras da 4ª Semana de Cuidados Paliativos do Hospital e Maternidade Oase, cujo tema foi “Cuidados Paliativos: Cuidado Abrangente ao Longo da Vida”.

Erika apresentou a palestra “Quando os Cuidados Paliativos Entram em Cena na Pediatria? Critérios e Abordagens para um Manejo Eficaz”. Durante sua fala, destacou a importância dos cuidados paliativos no atendimento a crianças com doenças graves ou crônicas. “Esses cuidados foram fundamentais para melhorar a qualidade de vida, aliviar sintomas e oferecer suporte emocional tanto para os pacientes quanto para suas famílias”, enfatizou a médica, exibindo vídeos com depoimentos de famílias que receberam esse suporte em suas vidas.

A primeira noite da Semana de Cuidados Paliativos, evento realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, atraiu um grande público, especialmente profissionais do Hospital e Maternidade Oase, que viram nessa iniciativa uma oportunidade de aprimorar seu trabalho diário.

O evento deste ano, que contou com uma programação voltada tanto para o público interno quanto externo do Hospital, teve início no dia 23 com a palestra coordenada por Erika dos Santos Vieira. No dia 24 de outubro, ocorreu a palestra on-line “Estamos em uma Encruzilhada? A Medicalização dos Cuidados Paliativos, a Nova Definição Proposta e a Política Nacional de Cuidados Paliativos”, ministrada pelo geriatra, bioeticista e professor de Geriatria e Cuidados Paliativos na Faculdade de Medicina Estácio de Sá, Rio de Janeiro, Ciro Augusto Floriani.

Na tarde do dia 25 de outubro, aconteceu a Mesa Redonda: “Da Especificidade à Interdisciplinaridade em Cuidados Paliativos: Diálogos e Interfaces”, que contou com a participação de Carolina Schmidt Mendes de Melo, psicóloga hospitalar do Hospital Unimed de Joinville; Júlia Helena Schuh, nutricionista do Hospital Santa Catarina; e Tamiris Dellangelo, fisioterapeuta e coordenadora do Serviço de Fisioterapia Vitalità.

A programação da 4ª Semana de Cuidados Paliativos do Hospital e Maternidade Oase, com o tema “Cuidados Paliativos: Cuidado Abrangente ao Longo da Vida”, foi encerrada com uma mesa-redonda intitulada “Perspectivas e Desafios nos Cuidados de Fim de Vida”. O evento contou com a participação de Gustavo Heinz, médico paliativista do Hospital e Maternidade Oase, abordando o tema das Diretivas Antecipadas de Vontade; Susane Fanton, nutricionista, e Ana Paula Noberto da Costa Soares, fonoaudióloga, que discutiram o manejo nutricional e fonoaudiológico no fim de vida; Eduarda Zampronio Boscardin, médica da equipe de Cuidados Paliativos; e Joyce Hoffmann Dalandrea, assistente social, que trouxe reflexões sobre a morte em domicílio.

CUIDADOS PALIATIVOS NO HOSPITAL OASE

Na abertura da 4ª Semana de Cuidados Paliativos do Hospital e Maternidade Oase, a médica Eduarda Zampronio Boscardin, integrante da equipe de Cuidados Paliativos, destacou: “O Hospital e Maternidade Oase se sobressai pela excelência nos cuidados paliativos, uma abordagem focada em garantir qualidade de vida e conforto a pacientes com doenças graves e a seus familiares. Desde 2016, o hospital iniciou um projeto pioneiro ao formar uma equipe multiprofissional dedicada a essa área essencial da saúde”.

Segundo Eduarda, “a partir de 2021, os cuidados paliativos no Hospital Oase se consolidaram com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais que atuam de forma integrada para atender às necessidades físicas, emocionais e sociais dos pacientes”.

A médica também ressaltou que “o Hospital Oase oferece uma estrutura que abrange, além das internações em cuidados paliativos, um plantão de sobreaviso, garantindo assistência contínua aos pacientes que necessitam de cuidados especializados. O acompanhamento ambulatorial após a alta é outro diferencial, permitindo que os pacientes continuem recebendo suporte em sua jornada de cuidado”.

Eduarda concluiu enfatizando que “esse compromisso com a saúde integral e humanizada reflete o entendimento de que o cuidado vai além do tratamento da doença, valorizando a dignidade e a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. O Hospital e Maternidade Oase orgulha-se de ser uma referência em cuidados paliativos na região, oferecendo um ambiente acolhedor e respeitoso em momentos desafiadores”.