“Do luto a solidariedade!”
“A iniciativa é um grande exemplo de transformação do luto em solidariedade, do nó em laço!”. Com essas palavras pode ser definido o projeto social Laços da Helô. Nesta semana, Damiana Paludo Vicentini, mãe de Heloísa que é a inspiração para o projeto, esteve no Hospital e Maternidade Oase realizando a entrega de laços para o setor da Maternidade e para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
Em entrevista Damiana afirma que “doação é a ação do amor se manifestando. O meu amor virou lacinho e agora para meninos temos também as medalinhas que foi incorporado no projeto por um casal, que após receberem um lacinho do projeto na UTI para a filhinha deles, eles criaram a medalha ‘Sou vencedor’ para entregarmos aos meninos”.
Damiana conta que em julho fizeram dois anos da primeira entrega dos Laços da Helô. “A primeira doação foi realizada no dia 17 de julho, quando a Heloísa completaria um ano de vida. Foram cerca de 100 laços, de todas as cores e tamanhos, entregues às pacientes internadas na UTI NEO-PED do Hospital Santa Catarina em Blumenau. Nestes dois anos acredito que já foram entregues mais de mil laços, tanto em hospitais e entidades filantrópicas de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e até no Pará”.
De acordo com Damiana, que reside em Timbó e trabalha como naturóloga e apucunturista, “o Laços da Helô nasceu quando Heloísa estava internada na UTI NEO-PED do Hospital Santa Catarina. Na oportunidade a minha mãe, Arlete Felizardo, começou a fazer laços e tomar gosto por eles. Assim, a pequena desfilava o acessório de todas as cores e era um sucesso. Foram sete meses assim, aos cuidados intensivos da equipe multidisciplinar, mas Heloísa não resistiu. Em 17 de fevereiro de 2020, ela veio a óbito. Logo depois, Arlete colocou em prática o projeto filantrópico em sua homenagem”.
Assim, destaca Damiana, um grupo de voluntários reúne-se uma vez por semana, todas as quintas-feiras, na casa de sua mãe, em Rio do Sul, para confeccionar laços com materiais doados, como meias, fitas, pedras e apliques. Todas as faixas de cabelo são feitas à mão, com a generosidade dos voluntários. “Nosso objetivo é levar através de um pequeno mimo, um pouco de amor e carinho para os pais, bebês e crianças que estão internados. Quando estamos lá dentro, com nossos filhos, qualquer gesto que recebemos se transforma em força ou ainda pode trazer um alento após um dia ruim”.
Damiana observa ainda que as pessoas podem ajudar no projeto, com doações de materiais, impressão, caixas de papelão, até doando laços prontos. “O dinheiro das doações é revertido na compra de produtos para montar kits de higiene e fraldas para crianças carentes”, explica.