“Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor”. Com essas palavras de Mateus 24.42, Tânia Piske Wollinger e Isabel Cristina Marquardt, integrantes da Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas de Timbó (Oaset), deram início a mais um momento de meditação na Capela do Hospital e Maternidade Oase, em Timbó. Elas têm conduzido esses encontros durante a licença-maternidade da pastora Paula Naegele, da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Timbó.

Na manhã do dia 12 de novembro, um grupo de colaboradores e familiares de pacientes se reuniu para ouvir palavras de acolhimento e reflexão. O encontro trouxe o texto bíblico de Lucas 10.38-42, que relata a visita de Jesus à casa de Marta. Enquanto Marta se ocupava com os afazeres da casa, sua irmã Maria sentava-se aos pés de Jesus, ouvindo Suas palavras. Sentindo-se sobrecarregada, Marta pediu a Jesus que ordenasse a Maria ajudá-la, mas Ele respondeu que Maria escolheu a melhor parte, que não lhe seria tirada.

Tânia destacou a relevância dessa mensagem: “Vivemos em um mundo que parece estar ‘no limite’, onde o ritmo acelerado nos leva ao esgotamento físico e emocional. As tarefas, o trabalho, as responsabilidades e até o trânsito tornam-se desafios diários de resistência, semelhantes às provas do programa No Limite. Assim como Marta, estamos constantemente ocupados em fazer o máximo, buscando reconhecimento e alívio para nossas angústias. No entanto, na tentativa de preparar o melhor para Jesus e Seus discípulos, Marta sentiu-se sobrecarregada e incompreendida, enquanto Maria escolheu a serenidade de apenas ouvir Jesus”.

Isabel complementou: “A resposta de Jesus surpreende ao afirmar que Maria escolheu a melhor parte. Ele não desvaloriza os esforços de Marta, mas a convida a perceber que a verdadeira paz e satisfação estão na escuta atenta de Sua palavra. A ‘melhor parte’ não exige mais trabalho, mas sim uma pausa para renovar a fé e a força, permitindo que o amor de Deus guie nossos passos”.

Ao final, ambas reforçaram: “Assim como Marta, carregamos perguntas, dúvidas e sobrecargas, mas somos chamados a lembrar que Deus se importa conosco. Ele nos acolhe com compaixão e nos oferece descanso. Quando nos sentirmos ‘no limite’, lembremo-nos de que o Senhor está ao nosso lado. Ele deseja que confiemos Nele, como Davi declara no Salmo 62.8: ‘Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio’”.

No encerramento, foram lembrados os pacientes internados, as pessoas que aguardam atendimento e aquelas que enfrentam sofrimento. Todas as mensagens e pedidos de oração deixados na urna da Capela foram lidos e serão incinerados durante um culto especial na Comunidade Cristo Bom Pastor.

Em entrevista, Tânia e Isabel destacaram a importância desses momentos de meditação, especialmente pela presença ativa da Oaset no hospital: “É uma honra trazer uma palavra que pode ajudar colaboradores, pacientes, familiares ou acompanhantes. Acreditamos que a mensagem deixada é como uma pequena gota em um vasto oceano, mas que também tem sua contribuição. Nosso desejo é que o que transmitimos acolha, ajude, ilumine e traga esperança”.

A direção do hospital ressaltou que momentos como esses são fundamentais para o trabalho de humanização que o Grupo de Trabalho em Humanização (GTH) tem desenvolvido: “A humanização do ambiente hospitalar é um dos pilares da nossa instituição”.

Por fim, as integrantes da Oaset enfatizaram como esses encontros são gratificantes, reconhecendo o impacto positivo do espaço da Capela e da sonorização nos diversos setores do hospital: “A meditação na Capela traz um impacto significativo. Sentimos que a mensagem está alcançando alguém, em algum momento, e esse é nosso objetivo: proporcionar alívio ao coração e fortalecer a fé”.