A Capela do Hospital e Maternidade Oase recebeu novamente mais um momento de Meditação na Capela do Hospital e Maternidade Oase, conduzido pela pastora e Orientadora Espiritual da Oaset, Paula Naegele, com base em Lucas 4:1-13.

A reflexão partiu da cena impactante do batismo de Jesus, onde, após emergir das águas, ele é glorificado por Deus: o céu se abre, o Espírito Santo desce em forma de pomba e uma voz proclama: “Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo”. Imediatamente após esse ápice, o mesmo Espírito o conduz ao deserto.

A pastora ressaltou a lição implícita: após um momento de exaltação, pode haver um período de provação. “A ida de Jesus ao deserto foi um ato de obediência. Em um momento de vulnerabilidade, o diabo viu a oportunidade de desviá-lo de seu propósito, apresentando-lhe tentações. No entanto, Jesus resistiu. O deserto é um lugar inóspito, de calor intenso durante o dia e frio à noite, sem água nem comida. Lá, Jesus permanece sozinho por 40 dias e 40 noites. Imaginem-se nesse lugar desolado. O que fariam?”, questionou a pastora aos presentes na Capela e aos profissionais, colaboradores, pacientes e acompanhantes que acompanhavam a meditação através do sistema de som do hospital.

Segundo a pastora, “essa provação foi a forma que Deus encontrou para preparar Jesus para a missão de salvar a humanidade. As tentações superadas são o prelúdio do caminho para a cruz. Como seres humanos, somos constantemente tentados. Quem pode nos socorrer nesses momentos? Jesus nos mostra o caminho: nas três tentações, ele recorre às Escrituras para se defender e manter-se firme em seu propósito. A Carta aos Romanos nos lembra que ‘a palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração’, e que a fé sincera nos salva (Rm 10:8-10)”.

Paula Naegele observou que “a Quaresma é um tempo de graça e crescimento, que nos prepara para enfrentar os momentos cruciais da vida de Jesus. É um período para refletir sobre os desafios de nossa jornada como seguidores de Cristo e sobre a tentação de nos desviarmos do caminho. O ministério de Jesus foi uma grande Quaresma, na qual se revelaram os desafios de sua missão: ‘anunciar boas novas aos pobres… proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos…’ (Lc 4:16-21). Guiado pelo Espírito Santo, Jesus realizou essa missão, e as pessoas se maravilhavam, reconhecendo a visita de Deus ao seu povo (Lc 7:16)”.

Entretanto, a pastora ressaltou que “a Quaresma de Jesus também teve seus percalços: a rejeição das autoridades religiosas e de pessoas queridas, o risco de populismo e a intimidação da ‘pedagogia da cruz’. Jesus se questionou sobre os riscos de suas ações. Na Quaresma da vida de Jesus, manifestaram-se o belo e o profundo, mas também o risco de perder tudo. Somos convidados a nos deixar guiar pelo Espírito Santo através do deserto de nossa vida, durante esses ‘quarenta dias’. Abrir mão de certos alimentos pode simbolizar nosso foco na missão, com suas exigências. Isso pode gerar ‘fome’, a sensação de que tudo é difícil”.

De acordo com Paula Naegele, “então, surgem tentações de desânimo, intolerância, idolatria do poder ou fuga para uma religiosidade superficial. As tentações se intensificam quando ‘jejuamos’, ou seja, quando nos aprofundamos em nossas escolhas. Vivamos este tempo com compromisso, buscando arrependimento e proximidade com Jesus. Que este seja o tempo de ressignificar nossa fé neste Jesus que nos conhece e nos acompanha sempre”.

Em consonância com essa reflexão, a pastora e Orientadora Espiritual da Oaset, Paula Naegele, tem conduzido meditações mensais na capela do Hospital e Maternidade Oase. “Esses momentos de introspecção e conexão espiritual oferecem aos participantes a oportunidade de vivenciar a palavra de Deus de forma mais profunda, buscando força e discernimento para enfrentar os desafios da vida e fortalecer sua fé em Jesus Cristo”.